sábado, 15 de agosto de 2009

Rousseau X Voltaire

Sempre amei Voltaire. Suas histórias sempre ironicas, divertidas e com uma carga de crítica enorme! Li um de seus livros (CÂndido) por mera curiosidade e passei a adimirá-lo muito, muito!
Sua imagem de Deus- na verdade não muito bem definida- pois o próprio Deus não pode ser bem definido- converge com a imagem que tenho de Deus: não há instituição que possa definí-lo, cada um e de nós pode sentir que ele existe. "A sabedoria do Altíssimo, com a própria mão, imprimiu a religião natural no âmago do teu coração".


Mas sei e esse ano confirmei mais ainda que Rousseau é o filósofo mais amado da política ocidental. Passei a lê-lo e admirá-lo também. Ele foi músico! Escreveu óperas, sabia? Além disso gostava muito de estudar plantas, a natureza.
Seus livros são de uma clareza e ao mesmo tempo profundidade filosófica incrível. Estava lendo Devaneios de um caminhante solitário (mais tarde até trago aqui trechos muito legais), de propria autoria, e descobri que o coitado foi atordoado por tudo quanto é tipo de gente que queria vê-lo definhando! Foi dado por morto depois de um acidente que teve ( um dos acidentes... é incrível como esse cara se machucou!), etc.
Wilhelm Weischedel diz que não houve filósofo mais egocêntrico que Rousseau. hehe! Realmente tem uns dizeres dele meio nesse estilo....

Além disso descobri que os dois, Rousseau e Voltaire, foram inimigos! Um escrevia criticando o outro, o outro respondia na mesma moeda...

Isso me intriga.... afinal como adimirar dois inimigos?!?!? o fato é quanto mais leio os dois, mais gosto dos dois hahaha

Vc já deve ter percebido que a maioria dos filósofos sofrem todo tipo de repressão, são expulsos de inúmeros lugares, são mal falados, odiados pela maioria das pessoas de sua geração. Aconteceu com Voltaire e com Rousseau não foi diferente. Ele fala disso nesses devaneios. E do quanto ele pôde descobrir de si mesmo, da natureza e de como ele conseguiu superar muitos problemas. É sempre muito legal descobrir um pouco da vida daqueles que a gente adimira, não?

Um livro muito gostoso com o qual eu me deliciei nesse último domingo sossegado antes das aulas!

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